HUGO CHÁVEZ ENTRA NA BATALHA DA MÍDIA. A BRASILEIRA ESTÁ EM PÉ DE GUERRA.
Dia 27 de maio foi o último dia de transmissões da Rádio Caracas Televisión, da Venezuela. "No será renovada la concessión", anunciou Hugo Chávez. A Globo de lá perdeu o direito de transmitir sua programação no espectro eletromagnético. As manifestações de repúdio da imprensa brasileira estão aí. Autoritarismo, ataque à liberdade de expressão, revanchismo.
Há muito tempo a mídia brasileira está contra Chávez. Há muito tempo a mídia venezuelana está contra Chávez. Em 2002, um golpe apinhou Chávez do poder. As TVs de lá manipularam imagens e comemoraram abertamente o novo governo do empresário Pedro Carmona. Quando o povo retomou o palácio de Miraflores, as TVs anunciavam que as ruas de Caracas estavam calmas, e que o novo governo já estava trabalhando normalmente. Deram um golpe na realidade. Sobre a atuação da mídia no golpe foi feito o documentário "La Revolución No Será Televisionada". Nada disso foi aventado nas reportagens atuais sobre a RCTV.
Chávez é dono do governo da Venezuela, tanto que o debate sobre a concessão da RCTV passou longe do Congresso. E quis vingança contra quem o derrubou e o seqüestrou. A RCTV continua funcionando como uma produtora independente, vendendo seus programas a quem quiser comprar. No seu lugar, entra a TV Pública de Chávez, nos mesmos moldes da que Lula quer fazer.
O Brasil não é a Venezuela, mas tem muita gente com medo que vire. Anotou o jornalista Mino Carta:
- Quanto à liberdade de expressão e ao exercício da crítica, há notável diferença entre a defesa destes direitos democráticos e o inextinguível propósito de conspirar contra o Estado de Direito. Aliás, observo certo parentesco entre a mídia de lá e de cá.
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