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Os Red Hot Chili Peppers encaram a responsa e quebram tudo nesse cover do maior guitarrista do mundo, Jimi Hendrix: FIRE!
Pra quê tanto Rock n´Roll? Veja a gatinha abaixo e vc conhecerá a resposta.
jornalismo, cultura e a opinião que ninguém pediu
Os Red Hot Chili Peppers encaram a responsa e quebram tudo nesse cover do maior guitarrista do mundo, Jimi Hendrix: FIRE!
Pra quê tanto Rock n´Roll? Veja a gatinha abaixo e vc conhecerá a resposta.
"Você não vai mais conseguir viver sem emoção". Não se você comprar o novo Fiat Palio 2008, de acordo com três propagandas que a Fiat acabou de tirar do ar. Tirou do ar seguindo recomendação do Conar, Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária. Segundo reclamação enviada e aceita pelo Conar, a propaganda estimula a direção em alta velocidade. Sabe aqueles passeios de buggy na areia em que o condutor sempre pergunta: "com emoção ou sem emoção"? Para os publicitários da Leo Burnett (agência responsável pela campanha), "adrenalina" é o motor 1.8, com 115 cavalos. Veja aqui o site do carro.
A surpresa aqui não é associar velocidade ao volante à emoção. Publicitários fazem isso, é quase vicio profissional. Muitos ainda vão fazer. A surpresa é a influência do Conar sobre a suspensão dos anúncios, dispensando ações judiciais ou decretos governamentais. O Conar é uma entidade única no Brasil, em que profissionais, agências e veículos pensam rumos e limites para o mercado publicitário. Cada vez que o Conar mostra sua força, enfraquece a necessidade de se fazer isso por meio do Estado, seja por meio de censura, seja por meio de comissões de ONGs. Se a ANJ (Associação Nacional dos Jornais), Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV) ou mesmo a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) fizessem algo parecido, talvez o governo Lula não tivesse tido a idéia de criar o Conselho Federal de Jornalismo.
Dia 3 de maio comemora-se o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Liberdade que, como todas as outras, tem que ser conquistada. Ainda mais no Brasil, onde repórteres são espancados e processados; e jornais ainda são previamente proibidos de tratar de certos assuntos por decisões judiciais.
Arnaldo Jabor já foi de esquerda. Da festiva, é claro. Hoje, abandonou a carreira de cineasta e vive de comentar a política brasileira nas organizações Globo. Agora provocou a ira do presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia. Esse está com as garras de fora. Conseguiu seu cargo embalado pela promessa que ia reajustar o salário das nossas excelências em 90%. E está de olho na "imagem" da casa. Arlindo quer contratar uma advocacia-geral da Cãmara (para defendê-la não se sabe de quem), mandou a sala de imprensa para um prédio anexo bem longe do plenário e agora quer processar Arnaldo pelos seus comentários. Frases de seu discurso no plenário:
- Os ataques chegaram ao limite do inadmissível. E como é inadmissível, vamos, em nome da casa, processar o jornalista Arnaldo Jabor.
- Não queremos compaixão com o erro, mas queremos respeito à democracia.
O que fez Arlindo chegar ao limite do inadmissível foram essas frases proferidas por Arnaldo, na rádio CBN:
- Quando é que vão prender esses canalhas? Ah, eu esqueci. Eles têm imunidade, têm foro privilegiado. É isso, aí, amigos otários como eu.
Arnaldo comentava como os "canalhas" gastaram 1 milhão de litros de gasolina pagos pelo Erário, o que seria suficiente para dar 250 voltas no planeta Terra, em apenas dois meses.
Os "canalhas" aplaudiram de pé a iniciativa de Arlindo.
Arnaldo ainda não se pronunciou, mas sabe-se que ele anda com a língua solta mesmo. Em outro comentário na rádio CBN, retomando sua vocação de crítico de cinema, avaliou o filme "300 de Esparta":
-Uma bosta.
Segundo o Aurélio, pode ser falta de naturalidade, fingimento, falsidade, vaidade, presunção. Abaixo, um exemplo. É a resposta do jornalista Kennedy Alencar à matéria que saiu na Veja esculhambando-o por conta da confusão envolvendo Franklin Martins e Diogo Mainardi.
"Avisado por amigos, soube que a revista "Veja" dedicou uma parte generosa de sua maledicência semanal ao meu trabalho. Foram, pelo que ouvi, um editorial disfarçado de reportagem e uma coluna opinativa.
Em ambos os casos, a revista se esforça para transformar um furo jornalístico que ela mesma confirma com dias de atraso num problema para seu autor. Não sou eu que devo explicações à Justiça. Por fim, agradeço às fontes que me deram uma notícia correta e de tamanha repercussão."
Kennedy não leu a Veja, mesmo avisado por amigos. Papai Noel existe. O Brasil vai crescer 5% este ano. O Madureira vai disputar o título mundial em Tóquio. Macaco não gosta de banana. Tenha a santa paciência...
Quer ver outro exemplo? Abaixo, o repórter Britto Jr, hoje na TV Record, perde a linha e manda a entrevistada para a puta que o pariu:
Quer virar Técnico em Regulação de Aviação Civil na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil)? Então estude português, decore a legislação, leia o livro de Bruna Surfistinha, assista ao Big Brother e ouça Bossa Nova. É isso que cai na prova. Abaixo, a questão 59 do concurso:
59 - A garota de programa Bruna Surfistinha tornou-se um dos maiores sucessos do mercado literário brasileiro em 2005, com o livro:
(A) "A pessoa é para o que nasce";
(B) "O doce veneno do escorpião";
(C) "O céu de Suely";
(D) "No quarto de um motel";
(E) "Madame Satã".
Além dessa, tem que saber qual o "programa interativo" de maior audiência da TV brasileira e qual a música de Tom Jobim que é mais tocada no mundo. Isso na parte de "conhecimento específico". O salário pode chegar a 4.700 reais. Estude!
Pedrada no Rock in Rio: os Kings of Leon e seu primeiro sucesso, Molly´s Chamber.
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Mais uma colaboração de Elio Gaspari para o blog:
A prefeitura do Rio está aporrinhando a Lapa, santuário da renovação urbana do velho centro carioca.Sem maiores interferências do poder público, boêmios, garçons, cantores e biscateiros recuperaram aquele pedaço da cidade. Bebe-se em paz à sombra dos arcos porque naquelas ruas ninguém é louco de se meter com quem não conhece. A transformação do bairro, preservado pelo andar de baixo, fez surgir novos restaurantes, casas de espetáculos, clientela e alegria.Foi o suficiente para alguém achar que o povo estraga a paisagem. No último fim de semana, patrulhas higienistas baniram mesas da rua, churrasquinhos de gato, camelôs, comedores de fogo e vendedores de cerveja gelada no isopor. É a patuléia das ruas, marca do Rio desde os tempos coloniais.
A Lapa não tem vocação para Barra. Manuel Bandeira viveu nove anos na rua Moraes e Valle (aquela lingüeta encostada na igrejinha dos carmelitas). Em 1942, no dia em que se mudou de lá, começou a escrever a "Última Canção do Beco". Vale ouvi-lo: "(...) Beco das minhas tristezas. Não me envergonhei de ti! Foste rua de mulheres? Todas são filhas de Deus! Dantes foram carmelitas... E eras só de pobres quando, Pobre, vim morar aqui. Lapa-Lapa do Desterro-, Lapa que tanto pecais! Mas quando bate seis horas, Na primeira voz dos sinos, Como na voz que anunciava A conceição de Maria, Que graças angelicais!"
Em tempo: a ilustração acima é do desenhista francês Jano, e mostra o Arco do Teles, centro do Rio.
Todo esse pessoal é jornalista. E está envolvido numa briga feia. O hoje ministro da propaganda e da informação Franklin Martins processou Diogo Mainardi e ganhou, em primeira instância, uma indenização de 30.000 reais. Kennedy Alencar divulgou esse resultado da contenda judicial na Folha de S. Paulo do dia 16. Mas a sentença do juiz foi dada no dia 17, mesmo dia em que Diogo e Veja apresentaram sua defesa. Ou seja, não só Kennedy sabia do resultado da sentença um dia antes, como o juiz ja havia definido sua opinião antes de receber a defesa dos acusados.
E aí a coisa fica feia. Mais do que a condenação de Mainardi, a notícia de Kennedy mostra que a decisão estava pronta antes da defesa se manifestar. Talvez Kennedy não soubesse desse detalhe, e foi usado. Se sabia, participou de uma operação imoral. Sua explicação é de que a sentença estava na internet. Não cola. De cara, põe-se sob suspeita a decisão do juiz e o interesse de divulgá-la, via Kennedy Alencar.
Franklin Martins gosta de dizer que "jornalista não é notícia". Está errado. Diogo Mainardi o transformou em notícia. Seu processo contra Mainardi virou notícia. Kennedy Alencar virou notícia. Tanto que o mérito da questão já está sendo discutido também nos blogs dos jornalistas Ricardo Noblat e Reinaldo Azevedo. Já me disse um chefe de jornal: "jornalismo é que nem salsicha: se todo mundo soubesse como é produzido, ninguém consumiria".
A atriz Kirsten Dunst, a Mary Jane de Homem-Aranha 3, explanou:
"Gosto de maconha. Minha melhor amiga, Sasha, é filha de Carl Sagan, o astrônomo. Ele era o maior maconheiro do mundo e era um gênio. Eu não fumo tanto assim, mas acho ridícula a visão que os Estados Unidos têm da maconha. Se todo mundo fumasse, o mundo seria um lugar melhor."
Copiado da coluna de Elio Gaspari:
Ao tempo em que os tucanos cantavam, espalhou-se a crença segundo a qual uma interferência do governo na ortodoxia do Banco Central dispararia uma sucessão de renúncias na sua diretoria, espalhando descrédito no mercado. Algo como os Mosqueteiros: "um por todos e todos por um". Foram-se embora do BC dois legionários dos juros altos (Afonso Bevilaqua e Rodrigo Azevedo, ex-diretor do Credit Suisse First Boston) e não aconteceu nada.
Se o comportamento do mercado reflete juízos políticos, a saída de Bevilaqua e Azevedo foi bem recebida. Quando Bevilaqua deixou o banco, o risco Brasil estava em 196. No dia seguinte, caiu para 191. Na semana passada, depois da saída de Azevedo, foi a 156. Essa fidelidade é uma fantasia do terrorismo financeiro. O mercado gosta de dinheiro, não de diretores do BC.
Tem muita gente (mas muita gente mesmo) no PT que acha que governar é fazer oposição: basta falar, que tudo se resolve. O ministro da Justiça, Tarso Genro, está nesse clube. Para resguardar Lula, já desafiou a lógica, a semântica e a sintaxe (pergunte a ele sobre o mensalão). Neste domingo, escreve um artigo na Folha, intitulado "Violência e Estado". Seguem trechos:
"Precisamos, para resgatar a confiança do povo no seu poder constituinte, de programas municipais, estaduais e federais, que integrem as políticas de segurança pública com as políticas sociais, e para isso é preciso, em primeiro lugar, ter 'foco' determinado (o que não significa artesanato ou micro-experiências localizadas), 'centro' em grandes áreas metropolitanas, sobre faixas etárias específicas (juventude) mais sensíveis e 'prioridade social' para setores mais atingidos pela criminalidade, face a carências culturais e econômicas."
"Essas políticas devem ser cientificamente programadas pelos entes da federação, e à medida em que abrirem perspectivas de vida para milhões de jovens, darão um novo sentido democrático ao crescimento econômico e ajudarão a relegitimar a própria repressão ao crime. As medidas de natureza puramente policial são insubstituíveis, mas elas só incidem sobre o presente imediato."
Tarso Genro diz que "precisamos" de programas que intergrem políticas, e que essas políticas "devem" ser cientificamente planejadas. Tá. Ele só esquece que quem "precisa" e "deve" é ele, ministro da Justiça e chefe da Polícia Federal. Gastou um espaço de 600 palavras no jornal de maior circulação no país. Poderia usar o tempo que levou para escrever esse artigo para escrever uma lei, uma minuta que fosse, que integrasse as polícias; ou mesmo um manifesto, dirigido aos sindicatos da categoria, que chamasse a atenção dos policiais quanto ao tal "foco" que ele quer.
Entre trabalhar e fazer proselitismo, Tarso Genro (e boa parte do PT) prefere a a segunda opção.
LOST é a melhor série que já existiu na TV. Porque tem de tudo, em grande quantidade e na dose certa. Tem dramas pessoais. Tem grandes personagens. Tem referências pop. Tem mistério. Tem guerra. E tem a paisagem mais linda que já apareceu. E é interessante ver que trouxe duas inovações á TV americana que já estamos acostumados a ver nas novelas: episódios continuados, que não se encerram em si mesmos; e uma grande quantidade de protagonistas (são mais de dez, mais os coadjuvantes e vilões).
Não dá para resumir a história porque ninguém sabe o que está acontecendo. A primeira temporada mostrou o vôo 815 caindo numa ilha misteriosa no Oceano Pacífico, com 40 sobreviventes. O foco eram as personagens, seus dramas pessoais e como faziam para conviver uns com os outros perdidos numa ilha deserta. Nem tão deserta: a temporada termina com um outro grupo, Os Outros, raptando o menino Walt (por quê, ninguém sabe até agora).
A segunda temporada foi sobre a misteriosa escotilha que ex-paraplégico e aprendiz de guru espiritual John Locke encontrou. No meio da selva, uma escotilha cheia de aparatos teconólogicos, com um botão que, caso não fosse apertado a cada 108 minutos, seria o fim do mundo. A temporada termina com a explosão da escotilha (Locke se mostraria uma exímio detonador) e com Jack, Sawyer e a gatinha Kate capturados pelos Outros.
A terceira temporada é sobre Os Outros. Quem são as pessoas que já viviam na ilha, raptam crianças, matam adultos, fazem experiências e vivem em casas com água encanada e eletricidade? A guerra está aberta (destaque para o soldado iraquiano Sayid Jarrah), e ninguém sabe o que pode acontecer. A certeza é que haverá uma bomba no final da temporada.
E o Rodrigo Santoro, hein? É como a Gisele Bündchen, as sandálias havaianas ou o Ronaldinho Gaúcho. É a cara do Brasil lá fora. Entrou para fazer uma ponta de luxo na série, e terminou com um episódio seu, ao melhor estilo Sexta-Feira 13. Santoro e sua namorada forma enterrados vivos. Nada a ver com os mistérios da série, mas foi muito bom. Dá-lhe, brazuca!
Mas talvez a temática mais presente na série seja a segunda chance que todos temos na vida. Quando o avião caiu, todos nasceram de novo. Podem recomeçar. Com a alma lavada. Abaixo, um dos melhores momentos da série. Não porque seja relevante, não é, mas mostra como é possível se divertir sempre. O gorducho Hurley encontra uma kombi na selva, e pede ajuda a seus parceiros Charlie, Jin e Sawyer para fazê-la pegar no tranco. A música é "Road to Shamballa", da banda Three Dog Night.
Aumenta a torcida para que os USA bombardeiem o Irã. Depois que acabou a crise dos 15 militares britânicos presos em águas iraninanas (todos foram libertados sem um único arranhão), a pressão volta sobre o programa de enriquecimento de urânio. O Irã acaba de inaugurar uma série de centrífugas. URÃNIO EM ESCALA INDUSTRIAL, gritam as manchetes. O que isso quer dizer? Que, um dia, quem sabe, o Irã pode vir a desenvolver armas nucleares. Ou também usinas para geração de energia, segundo reitera o presidente Mahmoud Ahmadinejad.
É importante lembrar que só urânio não faz bomba. É preciso também construir ogivas e míssesi de longo alcance (que o Irã não tem). Mas a torcida cresce a cada dia. O último a entrar no coro foi o jornalista Reinaldo Azevedo:
"Por mais temerário e doloroso que seja, parece óbvio que o país não entende a linguagem da diplomacia. Um eventual ataque ao Irã é mais perigoso do que um Irã nuclear? Acho que não. Infelizmente".
O melhor antídoto contra o vôo desses abutres, sem dúvida, é ouvir Bob Marley. Abaixo, a palavra do velho maconheiro rastaman na voz de Erika Badu. Essa bomba sonora chama-se NO MORE TROUBLE.
Os The Black Crowes mandando brasa no clássico "Oh Well", da banda Fleetwood Mac. (Nunca ouviram falar? Nem eu...)
Eu sei, é só Rock n' Roll, mas eu gostcho muitcho!!!